TERAPIA ANTIANGIOGÊNICA LUCENTIS EM BH
A forma tardia da DMRI (DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA COM A IDADE) compreende a forma não exsudativa (seca/atrófica) e a forma exsudativa (úmida). Esta última forma é responsável por 80% a 90% dos casos de cegueira legal. Na forma atrófica há degeneração progressiva do epitélio pigmentado da retina (EPR) e fotorreceptores. Na forma neovascular ocorre neovascularização de coróide (NVC) e aumento da permeabilidade, que se não tratada a tempo provoca, nas fases finais, a formação de fibrose macular com perda irreversível da visão.
O tratamento de DMRI em Belo Horizonte já passou por várias fases, incluindo fotocoagulação a laser, remoção cirúrgica da neovascularização, translocação macular, terapia fotodinâmica (TFD) com verteporfina (Visudyne) e, atualmente, injeção intravítrea de anti angiogênicos.
O Lucentis (Ranibizumab) foi testado em pacientes com a forma neovascular subfoveal da DMRI por meio dos estudos ANCHOR e MARINA. O primeiro avaliou membranas neovasculares predominantemente clássicas, comparando o uso mensal do Lucentis diretamente com a TFD. O segundo estudo avaliou as membranas minimamente clássicas ou ocultas, comparando o uso mensal do Lucentis com pacientes não tratados (história natural). Os resultados são irrefutáveis.
Pela primeira vez obtiveram-se resultados consistentes de melhora da acuidade visual. Os resultados de ganho de três ou mais linhas de AV nos dois estudos já são de amplo conhecimento. Porém, alguns elementos devem ser ressaltados: o principal ganho de visão nesses estudos ocorre após a terceira aplicação. A partir daí o tratamento promove a manutenção da acuidade visual obtida. Com base nessa constatação, foi idealizado um outro estudo, chamado PIER, em que três injeções intravítreas de Lucentis consecutivas e mensais foram realizadas (chamado de fase de carregamento) e, a partir daí, injeções trimestrais, até completar um ano.
Os resultados desse estudo mostraram que 40% dos pacientes que obtiveram aumento da acuidade visual conseguiram manter esse ganho, enquanto 60% voltaram à acuidade visual inicial.
A segurança das injeções intravítreas também foi amplamente demonstrada nos estudos ANCHOR e MARINA. Após dois anos de estudo, não houve diferença estatisticamente significativa no aparecimento de efeitos adversos como infarto de miocárdio, AVC e morte entre os grupos de tratamento (Lucentis 0,3 mg, 0,5 mg e controle Visudyne no estudo ANCHOR, e observação no estudo MARINA).
O tratamento de DMRI exsudativa com injeções intravítreas de Lucentis representa, atualmente, o padrão ouro, como demonstrado por estudos multicêntricos. Pela primeira vez há ganho real de visão com o tratamento.
O que se deve levar em consideração antes de utilizá-lo?
- Não deve receber Lucentis;
- se tem alergia (hipersensibilidade) ao ranibizumabe ou a qualquer outro componente de Lucentis;.
- se tem uma infecção dentro ou à volta do olho;
- se tem dor ou vermelhidão (inflamação intra-ocular grave) no olho;
Tome especial cuidado com Lucentis
Lucentis é administrado através de uma injeção no olho. Após o tratamento com Lucentis pode ocasionalmente ocorrer infecção na porção interna do olho, dor ou vermelhidão (inflamação), descolamento ou rasgadura da camada na parte posterior do olho (descolamento ou rasgadura da retina) ou turvação do cristalino (catarata). É importante identificar e tratar esta infecção ou descolamento da retina o mais rapidamente possível. Por favor contacte imediatamente o seu médico se desenvolver sinais como dor no olho ou aumento do desconforto, agravamento da vermelhidão do olho, visão turva ou diminuída, um aumento do número de pequenas partículas na sua visão ou aumento da sensibilidade à luz.
Em alguns doentes pode ocorrer um aumento da pressão ocular durante um curto período após a injeção. Isto é algo que poderá não detectar e que o seu médico pode monitorizar após cada injeção.
Informe o seu médico oftalmologista especialista em olhos se teve um acidente vascular cerebral ou se já teve sintomas transitórios de acidente vascular cerebral (fraqueza ou paralisia dos membros ou da face, dificuldade em falar ou em entender). Esta informação será tida em consideração para avaliar se Lucentis é o tratamento adequado para si.
Crianças e adolescentes (idade inferior a 18 anos)
A utilização de Lucentis em crianças e adolescentes não foi estudada e logo não é recomendada.
Ao utilizar Lucentis com outros medicamentos
Informe o seu médico se estiver a utilizar ou tiver utilizado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Gravidez e aleitamento
Não há experiência de utilização de Lucentis em mulheres grávidas; desta forma desconhecem-se os potenciais riscos. Se está grávida ou planeia engravidar, por favor fale com o seu médico antes do tratamento com Lucentis. Não se recomenda a administração de Lucentis durante a amamentação uma vez que se desconhece se Lucentis passa para o leite humano. Consulte o seu médico ou farmacêutico antes do tratamento com Lucentis.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Após o tratamento com Lucentis poderá sentir temporariamente a visão turva. Se tal acontecer, não conduza ou utilize máquinas até ao desaparecimento dos sintomas.
Como é utilizado?
Todas as injecções de Lucentis serão administradas pelo médico oftalmologista especialista em retina.
O seu médico irá recomendar-lhe a utilização de gotas oculares de antibiótico quatro vezes por dia 24 horas antes e depois de cada injeção de modo a prevenir qualquer possível infecção ocular (durante 6 dias depois).
Lucentis é administrado através de uma injeção única dentro do seu olho.
O intervalo entre duas doses não deve ser inferior a 1 mês.
Se está a ser tratado para a degeneração macular relacionada com a idade úmida, a injeção é administrada, no mínimo, uma vez por mês nos primeiros 3 meses.
Se o tratamento é para a perda de visão devida a edema macular diabético ou edema macular secundário a oclusão da veia retiniana, a injeção é administrada uma vez por mês. Será avaliado mensalmente. Se sua visão não tiver alteração enquanto está a receber tratamento com Lucentis, o seu médico pode decidir interromper o tratamento com Lucentis. Normalmente o tratamento nessas condições e completado com a fotocoagulação a laser. Se assim for, o laser pode ser administrado juntamente com Lucentis.
Antes da injeção, o seu médico irá utilizar gotas para os olhos com antibiótico e lavar cuidadosamente o seu olho para impedir uma infecção. O seu médico irá também aplicar-lhe um anestésico local para reduzir ou impedir qualquer dor que possa vir a sentir com a injeção.
Idosos (idade igual ou superior a 65 anos)
Lucentis pode ser usado em pessoas de idade igual ou superior a 65 anos sem ajustamento de dose.
Utilização em crianças
Não é recomendada a utilização de Lucentis em crianças e adolescentes devido à ausência de dados de segurança e eficácia neste grupo de doentes.
Se falhar uma dose de Lucentis
Contacte o seu médico ou hospital de olhos em belo horizonte o mais rapidamente possível para marcar a sua consulta.
Antes de parar o tratamento com Lucentis
Se está a pensar parar o tratamento com Lucentis, por favor vá à sua próxima consulta e discuta o assunto com o seu médico. O seu médico irá aconselhá-lo e decidir durante quanto tempo deverá ser tratado com Lucentis. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico.
Quais são os possíveis efeitos secundários?
Como todos os medicamentos, Lucentis pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Por favor não fique alarmado por esta lista de possíveis efeitos secundários. Pode não sofrer nenhum deles.
Podem ocorrer alguns efeitos secundários com a administração de Lucentis, principalmente no olho e devido à técnica de injeção. Ocasionalmente pode ocorrer infecção na porção interna do olho, descolamento ou rasgadura da camada na parte posterior do olho (descolamento ou rasgadura da retina) ou turvação do cristalino (catarata) nas duas semanas após o tratamento com Lucentis. Outros efeitos secundários incluem dor ou vermelhidão (inflamação) e aumento da pressão no olho.
Efeitos secundários muito frequentes (Podem afetar 10 ou mais em cada 100 doentes).
Os efeitos secundários mais frequentes no olho, possivelmente relacionados com o medicamento ou com a técnica de injeção incluem:
- Inflamação do olho, visão turva, hemorragia na parte de trás do olho (hemorragia retiniana), perturbação da visão, dor ocular, pequenas partículas ou manchas na visão (flocos), hemorragia ocular, irritação do olho, sensação de corpo estranho no olho, aumento da produção de lágrimas, inflamação ou infecção das margens das pálpebras, olho seco, vermelhidão ou comichão no olho. Foi verificado muito frequentemente aumento da pressão ocular.
Os efeitos secundários não-visuais mais frequentes, possivelmente relacionados com o medicamento ou com a técnica de injeção incluem:
- Dor de garganta, congestão nasal, corrimento nasal, dor de cabeça (cefaleias), dor nas articulações.
Efeitos secundários frequentes (Podem afetar entre 1 e 10 em cada 100 doentes) Os efeitos secundários frequentes no olho, possivelmente relacionados com o medicamento ou com a técnica de injeção incluem:
- Visualização de raios de luz com manchas progredindo para perda de visão, diminuição da nitidez da visão, inchaço de uma parte do olho (úvea, córnea), turvação do cristalino, pequenas marcas na superfície do olho, hemorragia ocular, secreção ocular , vermelhidão e inchaço (conjuntivite), sensibilidade à luz, desconforto ocular, inchaço das pálpebras, dor nas pálpebras.
Os efeitos secundários não-visuais frequentes, possivelmente relacionados com o medicamento ou com a técnica de injeção incluem:
- Infecção do trato urinário, cansaço, falta de ar, tonturas, palidez, ansiedade, tosse, náuseas, reações alérgicas como erupção cutânea, urticária, comichão e vermelhidão da pele.
Efeitos secundários pouco frequentes (Podem afetar menos do que 1 em cada 100 doentes). - Efeitos secundários pouco frequentes no olho, possivelmente relacionados com o medicamento ou com a técnica de injeção incluem: Cegueira, infecções do globo ocular (endoftalmite), inflamação e hemorragia na parte da frente do olho, acumulação de pus no olho, alterações da parte central da superfície do olho, dor ou irritação no local de injeção, sensação estranha no olho, irritação das pálpebras.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados, informe o seu médico oftalmologista especialista em retina.
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TERAPIA INTRAVÍTREA
A Terapia Intravítrea, também conhecida como Terapia Quimioterápica Intravítrea, é uma outra técnica de tratamento para doenças que acometem a retina, como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), a Retinopatia Diabética e o Edema Macular Diabético.
Nesta técnica, são aplicados medicamentos específicos diretamente na cavidade vítrea, que fica localizada no segmento posterior do olho. Estes medicamentos agem como anticorpos contra a molécula chamada VEGF, que é uma proteína que sinaliza o crescimento anormal de novos vasos sanguíneos no tecido da retina. Esta neovascularização é um dos principais fatores que causam a perda da visão em doenças que acometem a retina.
Entenda como funcionam as Injeções Intravítreas com este vídeo:
A medicação age diretamente sobre o tecido da neovascularização, impedindo a formação de mais vasos sanguíneos e controlando os danos à retina. Os medicamentos usados no Núcleo de Excelência em Oftalmologia são o Ranimizumabe (laboratório Lucentis) e o Aflibercept (laboratório Eylia).
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